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Vamos falar de castigos?

Há alturas em que nos apetece pendurar as crianças no tecto! Como por magia não fazem nada do que pedimos, só sai disparate daquelas pequenas cabeças e parece que um furacão tomou conta das nossas casas. E de que forma podemos castigar os nossos filhos? Devemos castiga-los? As opiniões são muitas. Eu acredito que as crianças devem entender que, na vida, há punições quando não se faz o que está certo. Mas é preciso adaptar os castigos às diferentes idades.

A partir dos 9 meses a criança começa a entender o não! E é quando começa aquilo que para elas é um jogo divertidíssimo de mexer o de não podem, nós dizermos mil vezes que não e eles continuarem a por a mão mais mil vezes enquanto nos olham com aquele olhar de troça. Nessa fase não há grande coisa a fazer. É continuar a dizer não as vezes que forem precisas, ter muita paciência e tentar desviar a atenção para outra coisa onde possam mexer.

Em vez de gritar 10 vezes que não se mexe na jarra da avó, mostramos-lhe o cesto de legos tão giro com o qual pode brincar no tapete. À medida que a criança vai crescendo, vamos começando a "aumentar o nível". Explicando sempre o que fez de errado e porque não o deveria ter feito, mas mostrando sempre como o deveria ter feito. Hoje em dia, já ninguém mete os filhos trancados na dispensa e por favor não os metam no quarto escuro! Mas podem ir para o quarto pensar. Arranjem um canto na sala, que seja sempre o mesmo! - Acho que estás muito nervoso! É melhor ficares aí um bocadinho a pensar no que fizeste.

O tempo de castigo equivale a um minuto por ano. Se a criança tiver 4 anos, não deve ficar mais de 4 minutos sentada. É importante que a criança não saia do castigo sem que o adulto lhe diga que já pode sair e que a chame para conversarem. - Percebeste porque estiveste sentado a pensar? O que aconteceu de errado? Achas que vale a pena voltar a fazer isso? Nunca, em circunstância alguma podemos dizer à criança que não gostamos dela! Aliás, devemos sempre reforçar o quanto gostamos dela, mas não gostamos nada do que ela fez. - Eu gosto muito de ti! Mas fico tão triste quando bates no teu irmão... Gostavas que ele também te batesse? Quando batemos em alguém, magoamos a outra pessoa. Também não gostas que te magoem, pois não?

A criança continua a crescer a certa altura já sabe bem o que é certo ou errado! Uma criança de 7 anos já sabe que não se morde nem bate e sabe bem quando está a ser mal-criado com os pais. Os castigos já começam a poder ser mais elaborados. Não jogar tablet até ao dia seguinte, não comer a sobremesa que pediu à mãe para fazer. Nunca dêem castigos que não é suposto serem castigos. Como ir para a escola ou por a mesa. A escola não é castigo e por a mesa devia ser uma tarefa obrigatória em casa. É sempre bom habituarem-se às tarefas de casa e a ajudarem os pais. Com as crianças mais pequenas, os castigos devem ser dados na hora.A criança de 3 anos não se vai lembrar porque está de castigo às 17:00 quando o disparate foi feito antes do almoço. E por isso mesmo os castigos da escola não devem ser prolongados em casa.

Sim, às vezes apetece pendurá-los no tecto, mas há outras formas de conseguir dar a volta à questão!

Kiki

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Vamos tirar as fraldas?

Antes das dicas propriamente ditas, vamos a uma coisa importante! Quem conhece melhor o vosso filho? Vocês! Não é o pediatra, não é a senhora do livro sobre crianças, nem a senhora do café ou a vossa vizinha. Só vocês saberão quando é que ele estará preparado para o desfralde.

Porquê fazer o desfralde? Porque a criança está preparada para isso! Nunca porque a vossa sogra vos diz: "O João com a idade do Manelinho já tinha largado as fraldas há muito tempo!" Nunca porque a criança fez 2 anos e está na altura. Nunca porque quase todos da sala dele já tiraram as fraldas. Nunca porque o filho da vossa melhor amiga, que é um mês mais novo, já largou as fraldas. Nunca porque o irmão mais velho largou com 2 anos e ele já tem quase 3.

É essencial que percebam que cada criança tem o seu ritmo. O normal é tirar entre os 2 e os 3 anos. Se tirar antes, fantástico! Se tirar depois, bom na mesma. A criança tem de ter maturidade para o fazer, tem de ser capaz de controlar os esfíncteres (músculos que controlam a saída do cocó e do xixi) e tem de perceber como o faz. Por norma a criança começa por avisar que fez xixi ou cocó e só depois consegue antecipar. Mesmo que consiga antecipar, não significa que consiga logo controlar e esperar até a porem na retrete ou no pote. Quando virem que eles começam a pedir para ir ao pote ou à retrete é sinal que está na hora de começar a pensar nisso.

Muitas vezes eles pedem e quando lá chegam não fazem nada porque já fizeram. Mas é importante que os ponham sempre. Sim! É uma trabalheira... Tirar calças, body, fralda... Depois ficam na conversa 10 minutos e não fazem nada. E nós temos de por outra vez tudo no lugar, para nada... Para nada, não! Em 10 vezes que vão ao pote, alguma hão de fazer! E depois surge a dança do penico! A família faz procissões à casa-de-banho para fazer uma festa à criança. Toda a gente bate palmas, toda a gente ri! E a criança começa a ter noção que aquilo que acabou de fazer é mesmo importante! É importante que falem com a educadora para que estejam todos em sintonia. Tem de haver um trabalho de equipa. Nunca devem começar o desfralde na 2ª feira quando vão para a escola. Comecem num Sábado em que não haja grandes programas. Façam as coisas com calma, sem stress ou pressões de horários.

Se ficarem em casa, deixem-nos só de cuecas. Facilita a ida ao pote e poupa uma data de roupa. Deixem o pote ao pé deles. Faz com que se lembrem dele sempre que olharem para ele e fica mais perto quando a vontade chegar. Felicitem sempre que houver um sucesso. Mas nunca repreendam quando houver um xixi nas cuecas!!! Podem mostrar que ficaram um bocadinho (só um bocadinho) tristes mas encoragem a fazer o próximo xixi no pote. Mostrem que eles têm de tentar e que vão conseguir. Também vocês têm de acreditar nisso para lhes poderem passar as energias certas.

Para a escola mandem muitas mudas de roupa. Usem sapatos de borracha por exemplo. Se sujarem com xixi, é só passar por água! Para as raparigas, facilita as saias ou vestidos e para os rapazes, calções ou calças fáceis de tirar. Sem botões ou molas complicadas... Podem fazer uma tabela e desenhar uma estrela ou um smile de cada vez que houver uma vitória.

Há livros muito giros na Fnac e no Continente com imagens e com tabelas de autocolantes para esta fase. Podem compensá-los ao fim de 5 vitórias. Com um chocolate, ou uma ida ao parque. Se forem à rua, levem o pote atrás e um pacote de toalhetes. Assim, se eles pedirem de repente, têm sempre a "casa-de-banho" à mão! Vão com eles escolher as cuecas novas. Elas vão adorar mostrar as cuecas das Princesas e eles vão adorar mostrar as cuecas do Faísca aos amigos e aos avós.

De resto, muita paciência! Muito amor! Muitos beijos e muitas palmas! Se virem que a coisa não está a funcionar, voltem atrás. Falem com eles e combinem por fralda outra vez mais um tempo. Mostrem que não há problema, que têm de ficar um bocadinho mais crescidos! Não vale a pena insistir se eles não estiverem preparados. Só lhes vai causar frustração e pode piorar o processo.

Boa sorte e have fun!

Kiki

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